Tiago Dias Domingues (terceiro a contar da direita) com vários membros do Grupo Partner
A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa) e o Grupo PARTNER assinaram um protocolo que prevê a colaboração em projetos de investigação na área do cancro da mama. Através deste protocolo, os investigadores de Ciências ULisboa passam a disponibilizar conhecimento e ferramentas de análise estatística que vão permitir validar os estudos que vierem ser desenvolvidos por este Grupo que pertence à Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO). O protocolo tem cinco anos de duração, mas é renovável por períodos idênticos.
“Vamos atuar como parceiro técnico da área estatística para os diferentes projetos de investigação que o Grupo PARTNER vai realizar nos próximos anos”, informa Tiago Dias Domingues, professor do Departamento de Ciências Matemáticas de Ciências ULisboa. “É um protocolo que abre a possibilidade de termos alunos e investigadores a trabalhar em problemas reais e no desenvolvimento de soluções que potenciam o avanço científico na área do cancro da mama, acabando por gerar valor para a sociedade. É uma oportunidade para os nossos alunos que se encontram em ciclos de estudos na área da Bioestatística desenvolverem teses de mestrado ou doutoramento”, acrescenta o professor de Ciências ULisboa.
Sendo uma entidade especializada na investigação clínica dentro da SPO, o Grupo PARTNER tem de lidar com diferentes tipologias de dados fornecidos por entidades que operam no sector da saúde. E esse tratamento de dados tanto pode ser aplicável a um estudo sobre um medicamento como na identificação de fatores de risco – ou qualquer outra vertente que a investigação do cancro da mama exija. É precisamente nesse ponto que a participação de especialistas na área da estatística podem a ajudar a fazer a diferença.
O protocolo é específico para a investigação do cancro da mama, mas Tiago Dias Domingues não descarta a hipótese de que os conhecimentos e ferramentas utilizados durante esta colaboração possam, eventualmente, ser aplicados a outras áreas do saber que também exigem o devido tratamento estatístico.
“Também há potencial para desenvolver novas metodologias da área da estatística, e novas ferramentas de Inteligência Artificial (IA) e ciência de dados”, conclui Tiago Dias Domingues.





