Desporto

Manuel Martinho ganhou mais uma medalha no campeonato europeu universitário

Manuel Martinho, vice-campeão europeu universitário de Taekwondo

Manuel Martinho, atleta de CIÊNCIAS, durante o campeonato europeu universitário de Varsóvia

Se tudo tivesse corrido como previsto, Manuel Martinho estaria agora na Escola Naval, da Marinha Portuguesa, e eventualmente seria campeão de Taekwondo no Campeonato Europeu Universitário de Desportos de Combate, que decorreu no final de agosto em Varsóvia, Polónia. Só que nem tudo acontece como esperado, e o jovem até admite que “foi melhor” ter desistido de ingressar na Marinha e inscrever-se na licenciatura Tecnologias da Informação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS), “porque dá mais liberdade para o treino do Taekwondo”. Quanto ao título de campeão europeu universitário, só mesmo um percalço no combate da final o impediu de alcançar o objetivo supremo na categoria de -80 Kg da competição universitária. O que não o impediu de sair da prova com o auspicioso segundo lugar.

“Na final (de Varsóvia), defrontei um atleta croata, que já me tinha vencido, no ano passado, na Hungria, e acabou por vencer a prova. Este ano, depois de perder o primeiro round, consegui empatar o segundo, mas no terceiro acabei por sofrer um corte na testa que me impediu de continuar o combate, acabando assim o adversário croata por se tornar bicampeão europeu”, recorda o estudante Tecnologias da Informação.

Manuel Martinho com medalha de prata
Manuel Martinho mostra a medalha de prata ganha em representação de CIÊNCIAS

Além do lugar no pódio, Manuel Martinho trouxe consigo uma recordação que poderá levar tempo a desaparecer. “Apesar destas dificuldades, acabo por sair de Varsóvia com uma medalha de prata (e um corte na testa que teve de levar 4 pontos)!”, referiu o estudante de Tecnologias da Informação, pouco depois de garantir mais uma façanha para o desporto universitário de CIÊNCIAS.

Sendo notável, o título de vice-campeão europeu universitário de Taekwondo está longe de ser um feito isolado na carreira de Manuel Martinho. Desde os seis anos de idade que o jovem de 22 anos participa em competições de Taekwondo. O percurso iniciou-se no clube Águias Unidas e estendeu-se até representar as cores de CIÊNCIAS, sempre acompanhado pelos ensinamentos do mestre Rafael Fonseca.

Dificilmente a parceria poderia ter sido mais bem-sucedida. No currículo, o lutador de Taekwondo conta com 71 medalhas; mais de de uma dezena de títulos de Campeão Nacional, com destaque para o pentacampeonato Nacional de Séniores e o Bicampeonato Nacional abaixo dos 21 anos de idade, além das várias medalhas em Opens Internacionais, da presença assídua em competições internacionais para universitários e da representação das cores nacionais no Campeonato do Mundo de Séniores em 2023, em Baku, Azerbaijão.

O historial tornava-o um dos favoritos ao pódio do campeonato europeu que decorreu em Varsóvia entre 22 e 25 de agosto, e a competição, de algum modo, também o confirmou. “Foi uma competição muito intensa, onde tive oportunidade de disputar quatro combates contra atletas de enorme qualidade”, resume o jovem.

No primeiro combate, venceu “de forma clara” os primeiros dois rounds que ditaram a eliminação de um oponente do Reino Unido. No segundo, seguiu-se um atleta grego que até era “número 1 do ranking da prova” e começou por ganhar o primeiro round, mas não conseguiu evitar a reviravolta quando o lutador de CIÊNCIAS ganhou os dois combates seguintes que garantiram a passagem à próxima ronda.

No terceiro combate, seguiu-se mais um atleta britânico que acabou igualmente eliminado depois de Manuel Martinho ganhar os dois rounds necessários para a vitória. E por fim foi a vez Nikolic Matej, da Croácia, que haveria de ganhar o título europeu devido ao já mencionado corte na testa de Manuel Martinho. “Conquistei a medalha de prata; é um resultado que me deixa orgulhoso, mas também mostra que estávamos muito perto de alcançar o ouro”, refere o estudante Tecnologias da Informação.

 

Manuel Martinho assistido em pleno combate
Um corte na testa ditou a derrota de Manuel Martinho na final do campeonato europeu universitário

Por trás dos títulos, há uma boa dose de suor e sacrifício, recorda o lutador, que admite não ter muitas atividades extracurriculares “para além do Taekwondo”. As rotinas diárias ajudam a perceber a aposta nas artes marciais: Cada dia arranca às 6h00 com um treino leve, que tem por propósito ajudar a manter a forma ou recuperar do esforço exercido em dias anteriores. Depois seguem-se as aulas em CIÊNCIAS, para depois iniciar treinos de combate, quando boa parte de Portugal já está a jantar. “Como são de duas horas ou de duas horas e meia, esses treinos só acabam por volta das 22h00”.

Depois do treino, pouco mais resta que “voltar a casa, tomar banho e dormir” – já com uma certeza em mente: “No dia seguinte, volto a acordar de novo às 6h00, para fazer um treino leve” e o resto da rotina repete-se.

Recentemente, o futuro tecnólogo recolheu nova mostra de reconhecimento, ao receber a Bolsa de Mérito Desportivo da Associação dos Estudantes de CIÊNCIAS, juntamente com a judoca Margarida Brás, mas também lança o repto para a captação de mais apoios, uma vez que as verbas que os alunos despendem para participar nas diferentes provas só garantem reembolso a 100% no caso de alcançarem uma medalha.

medalha de prata
Pormenor da Medalha de Prata ganha no Campeonato Europeu Universitário

Apesar do esforço diário, Manuel Martinho não desarma no que toca ao desporto de eleição. “Em outubro, vou representar a Seleção Nacional de Taekwondo no campeonato do mundo que se realiza em Wuxi, na China”, diz.

Manuel Martinho está apostado em conciliar estudos e arte marcial, "enquanto conseguir", mas também admite que, no futuro, possa reduzir o esforço feito pelo Taekwondo, "se não tiver os apoios necessários" para participar nas diferentes competições e verificar que o desporto está a prejudicar a evolução na carreira profissional. O futuro mantém-se em aberto - e para já o que se sabe é que não deverão faltar oportunidades para continuar a representar CIÊNCIAS nos anos mais próximos, enquanto evolui nas Tecnologias da Informação. “Pretendo fazer mestrado na mesma área”, diz. Até lá, Manuel Martinho vai iniciar cada dia com treinos leves às 6h00.

Hugo Séneca - DCI CIÊNCIAS
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt
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Patrícia Chaves, atualmente no 3.º ano de doutoramento em Ciências ULisboa, está entre os 12 finalistas da primeira edição da competição Três Minutos de Tese – 3MT ULisboa. A final tem lugar a 30 de maio, às 18h30, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da ULisboa. Patrícia Chaves está atualmente no 3.º ano do programa de doutoramento Biologia e Ecologia das Alterações Globais.

tejadilho de uma carro com paineis solares

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telescópio

Um grupo de cientistas da Ciências ULisboa e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, membros do CENTRA - Centro de Astrofísica e Gravitação, participam no desenvolvimento do Mid-infrared ELT Imager and Spectrograph (METIS), um poderoso instrumento que vai equipar o maior telescópio do mundo - o Extremely Large Telescope (ELT) – em construção pelo European Southern Observatory (ESO) em Armazones, Chile.

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O simpósio internacional sobre “Os impactos humanos na conetividade funcional dos ecossistemas marinhos” realiza-se entre 22 e 25 de maio, no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra. Mais de 100 investigadores, gestores marinhos e políticos de 30 países de todo mundo partilham as últimas descobertas na temática e discutem as políticas de gestão e preservação destes ecossistemas.

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Realizou-se esta quarta-feira, dia 3 de maio, a assinatura da adenda ao acordo de cooperação do “UPskill - Digital Skills and Jobs”, um programa que aposta na requalificação de pessoas desempregadas ou em situação de subemprego, nas várias áreas das TIC. No âmbito deste acordo, a Faculdade irá participar como entidade formadora.

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Em 2022, 23 alunos da Ciências ULisboa foram distinguidos com medalhas desportivas, em cerca de 50 provas de competições universitárias, nacionais e internacionais, nas modalidades karaté, taekwondo, judo, atletismo e natação, alcançando resultados de excelência.

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O novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal Continental, apresentado esta terça-feira, atualiza o conhecimento sobre as espécies de mamíferos terrestres e marinhos da fauna de Portugal Continental e faz uma revisão dos estatutos de ameaça das espécies.

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Nos dias 11 e 18 de março, realizaram-se no Departamento de Química e Bioquímica as semifinais das Olimpíadas de Química + e Júnior, respetivamente.

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Professores da Ciências ULisboa integraram equipas da Direção Geral de Educação, criadas para definir as aprendizagens essenciais para a Matemática do Ensino Secundário.

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Quatro investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente estiveram embarcados em expedições oceanográficas no Oceano Atlântico e Oceano Austral, com o objetivo de estudar os processos biogeoquímicos do oceano.

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No âmbito da UC “Voluntariado Curricular”, realizaram-se no passado dia 19 de janeiro as apresentações dos projetos dos alunos. Esta UC promove a formação e o desenvolvimento pessoal dos estudantes, sensibilizando-os para as temáticas da solidariedade, tolerância, compromisso, justiça e responsabilidade social.

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Está patente na Fundação Caixa Agrícola Costa Azul, em Santiago do Cacém, “O Cálculo de Ontem e de Hoje”, uma exposição didática concebida pelo Departamento de Matemática da Ciências ULisboa e pelo Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em parceria com o Centro de Ciência Viva do Lousal.

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O programa da Antena 1 intitulado “Os desafios da alimentação sustentável”, que contou com a colaboração da ULisboa, Universidade Nova de Lisboa e Universidade do Algarve, foi lançado a 6 de fevereiro. Envolvido neste projeto esteve Bruno Pinto, investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, polo da Ciências ULisboa.

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vários jovens numa foto de grupo

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mesa com computador, caneca de café e bloco de notas

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frente da reitoria da ULisboa

Entrevista a James McAllister, filósofo e professor no Institute for Philosophy, na Universidade de Leiden, na Holanda, que estará a trabalhar na Faculdade durante este ano letivo como investigador visitante.

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