Crónica de uma viagem

“Learning is an experience. Everything else is just information”

O CME realizou-se no âmbito do programa ERASMUS+

Horta FCUL

Durante o mês de outubro de 2015, a HortaFCUL viajou até Inglaterra para representar o projeto num contexto europeu. O motivo foi o “Contact Making Event (CME) - Farming With Young People” que se realizou perto de Newcastle entre os dias 3 e 9 de outubro no âmbito do programa ERASMUS+.


Rebecca Mateus & Pedro Moreira
Fonte Horta FCUL

Neste contexto partimos à descoberta de um novo lugar, mas especialmente de conhecer outros projetos europeus e criar sinergias e pontos de colaboração internacionais. Após viajar num movimentado comboio inglês até Newcastle, conhecemos os restantes participantes bem como os facilitadores Basia Ligas, Mariana Turcan e Panganai Svotwa, sendo-nos oferecido um delicioso jantar em Gateshead, na sede da organização The 4C's. Esta foi a ONG anfitriã do CME e tem como principal objetivo a promoção do desenvolvimento sustentável, cooperando com outros locais e organizações de vários países do mundo.

Depois de uma longa viagem no nevoeiro chegámos finalmente ao hostel (YMCA – Weardale House) onde passámos uma ótima semana. No dia seguinte começámos tranquilamente a trocar impressões e a conhecer os outros participantes (31 no total) provenientes de 15 países europeus. Mais tarde a nossa missão foi apresentar o projeto HortaFCUL em 2 minutos, recorrendo a um poster informativo que preparámos em 30 minutos. Nesta apresentação abordámos a nossa visão da Permacultura, as atividades que realizamos regularmente e, da mesma maneira, ouvimos as apresentações das outras organizações, trocámos contactos e experiências. Outra das atividades em que participámos foi um levantamento das necessidades dos jovens nas diferentes comunidades europeias (UE, Balcãs e Associação Oriental Europeia). Identificámos as semelhanças e diferenças entre elas e apresentámos conclusões, criando um espelho dessas mesmas necessidades.

Sensivelmente a meio da nossa estadia em Inglaterra, a organização do CME teve um dia diferente planeado para nós. Fomos visitar alguns pontos de interesse a Newcastle e a Gateshead, começando por uma quinta comunitária, onde infelizmente não tivemos a oportunidade de falar com ninguém pertencente ao projeto. De seguida fomos até às margens do rio Tyne para visitarmos a Millenium Bridge e toda a sua engenharia, culminando com uma abertura da ponte especialmente requisitada para nós. Das margens do rio passámos para as hortas urbanas e fomos visitar uma organização muito interessante, a Ouseburn Farm Charity que possui um jardim urbano com plantas e animais. Este era um jardim cheio de cor e diversidade, onde as estufas sobressaiam e os animais (cabras, ovelhas, porcos e uma vaca) eram as estrelas. Tivemos a possibilidade de falar com algumas pessoas pertencentes à organização (trabalhadores e voluntários) e saber como é o dia-a-dia no jardim, quem o gere, que métodos usam e, acima de tudo, que novas ideias poderíamos trazer para a HortaFCUL. No final da tarde fizemos uma visita ao futuro espaço da organização anfitriã (4C’s), onde fomos convidados a desenvolver ideias edesigns para reabilitar o espaço exterior, assim como a capacidade ambiental, social e económica do centro comunitário.

No fim da visita, tivemos a admirável surpresa de jantar com o Presidente de Câmara de Gateshead e com a sua esposa. Este foi um momento interessante, uma vez que nos sentimos bastante reconhecidos com a sua presença e palavras. Houve ainda hipótese de lhe comunicar diretamente e informalmente as nossas ideias e opiniões sobre diferentes temáticas ambientais e sociais e incentivá-lo a tornar a sua cidade mais sustentável e socialmente responsável.


Noite Intercultural
Fonte Horta FCUL

A última metade do CME foi dedicada a aprender quais as várias atividades e mobilidades que existem dentro do programa ERASMUS+ e como nos poderemos servir delas nas nossas organizações. Um dos temas que teve mais atenção nesta pequena formação foi o preenchimento dos complexos formulários que fazem parte do processo de obtenção de financiamento europeu. Aprendemos ainda quais as entidades envolvidas, os prazos a cumprir e como escolher e contactar os parceiros para um projeto do programa ERASMUS+.

Nos últimos dias, foi-nos dada a possibilidade de nos organizarmos em grupos e começarmos a desenvolver um futuro projeto. Destes grupos saíram já propostas e ideias bastante concretas para projetos futuros, assim como as sinergias e os contactos necessários para lhes dar continuidade e torná-los reais.

O CME foi cheio de momentos de trabalho, mas claro que houve tempo para descontrair e explorar. Uma ótima maneira de criar laços entre os participantes foi a noite intercultural onde tivemos oportunidade de provar várias iguarias de tantos e tão diferentes países. Da nossa parte, não faltaram os deliciosos queijos da serra, chouriço, presunto de porco preto e vinho do porto a representar Portugal. Entre os momentos de relaxamento destaca-se também a nossa presença no tradicional pub inglês. Aqui, ao conversar um pouco com os locais, entendemos que a agricultura na região baseia-se na criação de gado, através de métodos tradicionais. Durante a conversa sentimos falta de abertura em relação aos nossos ideais de Permacultura. Por fim, houve tempo para umas atividades ao ar livre onde os participantes testaram os seus medos e ao mesmo tempo se puderam divertir. A despedida emocionante plantou desejos e certezas de um reencontro muito em breve.

Concluindo, este evento superou as expectativas que levávamos na bagagem. Para além das importantes ferramentas que descobrimos (Erasmus+, dinâmicas de grupo…) e dos novos contactos que fizemos, as éticas e os princípios da Permacultura foram partilhados com todos.

A missão foi cumprida!

Pedro Moreira & Rebecca Mateus, colaboradores da Horta FCUL

A Semana da Ciência e Tecnologia celebra-se no país entre 20 e 26 de novembro. O ponto alto acontece a 24 com o Dia Nacional da Cultura Cientifica. Ciências junta-se à efeméride com dezenas de iniciativas.

A experiência destes anos mostra que as avaliações feitas pelos estudantes são um bom indicador da qualidade do ensino e que são úteis para a sua melhoria.

“Esta oportunidade deu-me uma valiosa experiência profissional e cada dia foi uma nova lição aprendida. Contudo, considero que o que se destacou foram as pessoas incríveis que aqui conheci”, declara Jake Smith, estudante de Francês, Espanhol e Português na Universidade de Nottingham, no Reino Unido e estagiário durante cerca de dois meses na Área de Mobilidade e Apoio ao Aluno da Faculdade de Ciências.

Na próxima sessão do 60 Minutos de Ciência convidamos o astrónomo Rui Agostinho para nos ajudar a responder à pergunta: Afinal… o que é a Estrela de Natal? A resposta será desvendada em mais uma sessão 60 Minutos de Ciência no MUHNAC-ULisboa, no dia 16 de novembro.

João Luís Andrade e Silva, professor catedrático aposentado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, faleceu esta sexta-feira, dia 10 de novembro, aos 89 anos. A Faculdade lamenta o triste acontecimento, apresentando as condolências aos seus familiares, amigos e colegas.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de novembro é com Emília Real, assistente técnica do Departamento Física de Ciências.

Nos últimos anos, a UNESCO financiou o projeto internacional - "Complex Systems Digital Campus (UniTwin)" - recorrendo a uma plataforma de e-Meeting, e esse exercício mostrou o caminho certo (alternativo aos massive open online courses ou MOOC) para esta nova experiência pedagógica da informática na educação. Quer isto dizer que a tecnologia, quando bem explorada, pode ser mesmo benéfica.

Em junho deste ano Alice Nunes terminou o programa doutoral em Biologia e Ecologia das Alterações Globais. Esta quinta-feira, durante o 16.º Encontro Nacional de Ecologia, a decorrer até amanhã no Salão Nobre da Reitoria da ULisboa, apresenta esse trabalho – “Plant functional trait response to climate in Mediterranean drylands: contribution to restoration and combat of desertification”, classificado em segundo lugar nesta primeira edição do Prémio da SPECO.

O prémio Nobel da Química foi atribuído em 2017, em partes iguais, a três investigadores, Jacques Dubochet (Universidade de Lausana, Suiça), Joachim Frank (Universidade de Columbia, Nova Iorque, EUA) e Richard Henderson (Laboratório MRC de Biologia Molecular, Cambridge, UK) pelo desenvolvimento da microscopia crioelectrónica que permite a resolução da estrutura de biomoléculas em solução com alta resolução.

Em 2017 a “Medalha Dr. Janusz Pawliszyn” foi atribuída a José Manuel Florêncio Nogueira, professor do Departamento de Química e Bioquímica, coordenador do grupo de Ciência e Tecnologia de Separação do Centro de Química e Bioquímica de Ciências e representante português na European Society for Separation Science.

Em 2017 o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia celebra dez anos. Para comemorar a efeméride, a unidade de I&D realiza no próximo dia 8 de novembro, a partir das 18h00, no anfiteatro da FCiências.ID, sito no edifício C1, piso 3, a primeira distinguished lecture com Jürgen Renn, prestigiado historiador das ciências e diretor do Max Planck Institute for the History of Science.

A representação do campus da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 3D utilizando tecnologias inovadoras fornece dados de apoio à gestão e utilização de recursos.

“Nos meus projetos lido diariamente com a Biologia, a que aprendi na faculdade e ao longo da minha vida, e com o desenho que me acompanha como forma de olhar, entender e comunicar”, declara o ilustrador científico Pedro Salgado, antigo aluno de Ciências.

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Cerca de 39 alunos do BioSys participaram no segundo encontro de estudantes deste programa doutoral. O evento ocorreu em Beja este mês. Também em outubro terminam as candidaturas a 11 bolsas de doutoramento da próxima edição do BioSys.

Uma vez mais Ciências participou na Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP), este ano organizada pela Universidade do Minho. A equipa de Ciências - Caracóis Hipocondríacos -, composta pelos alunos Nuno Burnay, Robin Vassantlal e Guilherme Espada, ficou em 3.º lugar, ao resolver quatro dos nove problemas da competição.

Imagina que tens um jarro vazio e um conjunto de pedras grandes, seixos, gravilha e areia. Agora, imagina que para encher o jarro, vais colocando primeiro a areia e a gravilha e só no fim, as pedras maiores... O que achas que acontece? Será que vai caber tudo e de que forma?... E se colocássemos as pedras grandes primeiro?

As alterações climáticas podem mudar a natureza do impacto do lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii) nos ecossistemas.

Recentemente, dois estudos sobre como pensamos, um do Instituto Max Planck (para a História da Ciência, Alemanha) e outro da Escola de Medicina de Harvard (EUA), de maio de 2017 (revista NeuroImage, de Elinor Amit e Evelina Fedorenko), clarificaram as diferenças que nós temos quando refletimos sobre alguma matéria, fazemos coisas, ou emulamos a realidade.

Ciências participa na KIC EIT Health que visa promover o empreendedorismo para o desenvolvimento de uma vida saudável e de um envelhecimento ativo. Os alunos podem inscrever-se na unidade curricular que lhes permite participar no projeto, sendo que uma parte é feita na Dinamarca.

A experiência ATLAS acontece há 25 anos e a data será celebrada com palestras, bem como com uma homenagem à responsável pela participação portuguesa na experiência, a cientista Amélia Maio.

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de outubro é com Francisco Oliveira, assistente técnico do Núcleo de Manutenção do Gabinete de Obras, Manutenção e Espaços da Área de Serviços Técnicos de Ciências.

O Prémio Nobel da Física de 2017 foi atribuído a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne. Francisco Lobo, investigador do Departamento de Física de Ciências e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, comenta o tema.

Há cinco anos o biólogo marinho Pedro M. Lourenço encontrou microfibras em dejetos de aves. Foi nessa ocasião que surgiu a ideia de avaliar a abundância de microplásticos nos estuários, iniciando assim um estudo sobre a poluição por plásticos.

“Para além da importância no contexto científico, este trabalho também tem uma forte importância no contexto industrial, pois permite otimizar os gastos de energia domésticos e industriais”, explica o investigador do Centro de Química Estrutural de Ciências, Francisco Bioucas.

Mais de 100 cientistas reúnem-se em Lisboa, na Faculdade de Ciências, para abordar a temática dos nanofluidos.

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