A 18 de abril, quinta-feira, às 15h00, é inaugurada a exposição ‘Não cruzaremos os braços! Os estudantes de Ciências contra o regime ditatorial e colonialista - 1968-1974’.
A exposição vai estar patente ao público no piso 1 do Edifício C3.
A inauguração contará com intervenções de Glória Ramalho (ISPA), Augusto Freitas (Universidade de Évora) e Vítor Fernandes (AEFCL).
Curadoria e organização: Glória Ramalho, Graça M. Ribeiro, M. Graça Ribeiro, Vasco Costa.
Exposição ‘Não cruzaremos os braços! Os estudantes de Ciências contra o regime ditatorial e colonialista - 1968-1974’
Nos 50 anos do 25 de abril de 1974, queremos que não fiquem esquecidos o ambiente opressivo em que vivíamos e a luta que travámos contra o regime fascista e colonialista. Esta exposição cobre os combates do Movimento Associativo (MA) da Faculdade de Ciências no período de 1968 a 1974. A informação que disponibilizamos é baseada nos Improp cuja publicação acompanhou regularmente toda a movimentação.
Relata-se o contexto da luta e descreve-se a forma como a repressão se fazia sentir.
Em 1968, nas eleições democráticas para a AEFCL, venceu a candidatura do MA “Um Estudante Novo para uma Universidade Nova”. Em 1969 foi eleita uma nova direção do MA “Unidade Estudantil”. Em 1970, sob o lema “Por uma Universidade Popular” venceu a 3ª direção a que lhe sucedeu uma 4ª em 1973 com a mesma orientação.
A tentativa de aniquilar o movimento estudantil na Faculdade passou por mais de 10 invasões policiais a pedido dos vários diretores da escola e por denúncias de informadores, alguns professores e contínuos que acabaram sempre por chegar à PIDE/DGS. Daí resultaram múltiplas suspensões, expulsões, prisões e incorporações compulsivas no exército colonial.
Esta exposição só é possível porque existiu o 25 de abril de 1974!