Parte do Nobel da Física de 2019 foi atribuído à descoberta do primeiro planeta a orbitar uma estrela semelhante ao Sol. Desde 1995, o número de planetas extra-solares descobertos tem vindo a crescer de forma impressionante, sendo já mais de 4000.
No entanto, mais do que a quantidade de novos mundos descobertos na nossa vizinhança galáctica, foi a variedade e diversidade desses mundos que trouxe uma revolução. Estão a ser repensadas as teorias que até agora os astrónomos tinham para a formação e evolução dos sistemas planetários.
Como são detetados estes planetas? O que podemos saber sobre eles estando tão longe de nós? Nesta sessão das Noites no Observatório, vamos descrever os métodos usados com mais sucesso pelos astrónomos para detetarem e caracterizarem os planetas extra-solares.
Será dado um foco especial ao telescópio espacial CHEOPS, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançado em dezembro e que está agora na fase final de testes, antes de começar as observações cientificas.
Depois da palestra, haverá um pequeno espetáculo de música e efeitos na cúpula do Planetário, e decorrerão observações astronómicas em contínuo ao longo da noite, até às 24h00, se as condições meteorológicas o permitirem.
Entrada livre, mediante inscrição prévia.
Nota Biográfica
Sérgio Sousa é doutorado em Astronomia pela Universidade do Porto. É investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço dedicando-se principalmente ao estudo de sistemas planetários.
Está envolvido em grandes projeto de instrumentação em Astronomia, entre os quais, o ESPRESSO, no Very Large Telescope (Observatório Europeu do Sul – ESO); e na missão espacial CHEOPS da Agência Espacial Europeia (ESA). É desde 2018 o representante de Portugal no comité técnico e cientifico do ESO.