Este seminário destina-se à apresentação de trabalhos em curso sobre as inter-relações entre conhecimento científico, tecnologia e formações imperiais. O seminário convoca historiadores, antropólogos e cientistas sociais em geral para uma reflexão conjunta e interdisciplinar sobre a ciência e o fenómeno colonial.
Realiza-se nas segundas quartas-feiras de cada mês, das 12h30 às 13h30, alternadamente na Faculdade de Ciências e no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
As sessões são abertas à comunidade académica e não académica, apelando à participação de investigadores nacionais e estrangeiros, de diferentes instituições.
Resumo: O objetivo deste trabalho é comparar os estudos biotipológicos desenvolvidos no contexto brasileiro e português dos anos 1930 e 1940. Entre os 1920 e 1940, a biotipologia era, em vários países, um dos fundamentos científicos para as práticas médicas e eugénicas de controle e Classificação biológica da população. Considerava-se que a biotipologia era uma Ciência que proporcionava linguagem alternativa às taxonomias raciais; apesar de em várias culturas científicas, Como Brasil e Portugal, ela ter Sido conectada às Ciências raciais nestes Casos, Uma forma de idealizar certa conceção de "brasilidade" e identidade do império português, respetivamente. Suas Classificações dos corpos em normais e ainda eram baseadas em uma lógica e hierárquica, que, acreditava-se, refletira as diferenças hereditárias entre as pessoas. Ao comparar Brasil e Portugal, este trabalho tenta demonstrar o que era distinto estudos biotipológicos portugueses e compreender como a biotipologia e seu variado léxico de classificação corporal foi combinado e nas ideologias raciais locais, mais um meio de corroborar racialistas, normalizadoras e segregadoras.