Seminário

Autenticidade do mel produzido por Apis mellifera L. no Parque Nacional da Gorongosa

Transmissão através de Videoconferência
Imagem ilustrativa do evento (apicultura), acompanhada de várias informações (título, data e hora do evento; orador; logótipos das entidades organizadoras)

Por Adija Wilssone (cE3c, Ciências ULisboa).

Participação mediante registo prévio (o link da sessão será enviado aos participantes registados no dia do seminário).


A produção do mel em zonas rurais é tida como uma fonte alternativa de renda muito importante, especialmente em comunidades próximas a áreas de conservação, onde há uma abundância e diversidade de plantas para a produção de mel de qualidade. Entretanto, o benefício que advém dessa atividade pode ser prejudicado em situações onde se verifica a adulteração do mel, pois, este perde o seu valor no mercado, o que resulta consequentemente na perda da renda das comunidades locais e maior pressão sobre os recursos naturais. Para evitar estes problemas, e de modo a valorizar o mel produzido ao redor do Parque Nacional da Gorongosa, foi realizada pela primeira vez um estudo, com o objetivo de avaliar as características botânicas do mel, com vista a determinar as espécies de plantas mais visitadas por abelhas na produção do mel mediante análise polínica e aferir o potencial para a produção de méis mono florais; também constituiu objetivo deste trabalho, analisar a composição isotópica dos méis a fim de aferir a possibilidade da distinção dos mesmos. A pesquisa deve ser considerada como um estudo preliminar para uma possível distinção e autenticidade do mel da Gorongosa. As amostras de flores e méis usadas para as análises, foram colhidas nas comunidades onde se desenvolve o programa de apicultura do Parque, ou seja, nos distritos de Cheringoma e Gorongosa. As amostras de flores foram usadas para preparar lâminas de referência, que serviriam mais tarde para comparar com os grãos de pólen encontrados no mel. As amostras foram preparadas seguindo o método de acetolise para as análises qualitativas do mel. A análise da composição isotópica de 13C e 15N foi feita por métodos de espetrometria de massa de razão isotópica (IRMS). A análise polínica indicou uma grande diversidade polínica no mel, com predominância das espécies que compõem a família Fabaceae. Também foi observado um grande potencial para produção de méis mono florais, tendo sido registados 12 méis mono florais no universo de 24 amostras. A análise da composição isotópica dos méis da Gorongosa, mostrou valores enriquecidos no azoto 15 nos méis do CEC devido á elevada presença de plantas fixadoras do azoto e solos férteis; a mesma também apontou para o enriquecimento do carbono 13 dos méis da Serra da Gorongosa como fruto do stress hídrico causado pelo abate de árvores para abertura de campos agrícolas. No geral todos méis tiveram valores da composição isotópica de carbono (δ13C) muito empobrecidos (à volta de -23,5 ‰), indicando a pureza dos mesmos. A composição isotópica mostrou a possibilidade de diferenciar os méis da Serra da Gorongosa e do CEC. Tratando-se de um estudo preliminar, os resultados desta pesquisa foram encorajadores, ao revelaram a possibilidade da autenticação e denominação de origem do mel da Gorongosa com base nos critérios da origem botânica, geográfica e composição isotópica. Entretanto para isso foi recomendada a realização de mais estudos que incluísse uma maior amostragem.

Minibiografia de Adija Wilssone:

Adija é uma jovem Moçambicana, formada em wildlife management no Instituto técnico médio, licenciada em ecoturismo e wildlife management, mestre em biologia de conservação e doutoranda em ciências da sustentabilidade na Universidade de Lisboa.  Adija estuda a conservação da natureza há 10 anos, e nos últimos três anos esteve a estudar a apicultura como estratégia para a proteção dos ecossistemas e melhoria da qualidade de vida das comunidades residentes ao redor do Parque Nacional da Gorongosa. No ano passado foi bolseira de investigação da bolsa António Coutinho da Fundação Calouste Gulbenkian.

14h00
cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais
Microplásticos em suspensão no oceano

O curso tem como objetivo dar formação sobre a problemática da contaminação por detritos de plástico dos nossos ecossistemas, bem como alertar para os potenciais efeitos deletérios nos organismos - candidaturas até 22 de março.

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A 29 de abril assinalamos o 114.º aniversário de CIÊNCIAS.

Junte-se a nós no Grande Auditório de CIÊNCIAS para uma tarde de celebração que reúne toda a comunidade da Faculdade.

Pormenor de pintura representativa da cidade de Aden

O curso, com Jorge Flores (CIUHCT), oferece uma visão da história da Ásia a partir de cidades portuárias cruciais nas relações com o Ocidente.

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O curso oferece uma base sólida sobre os fundamentos e práticas essenciais para proteger sistemas e dados num mundo cada vez mais digital - candidaturas até 13 de abril.

Curso destinado a todos que necessitem de realizar análise de dados com recurso ao R.

Um concurso de programação dirigido aos alunos do ensino secundário (11.º e 12.º anos), que visa promover a prática e o gosto pela programação.

Banner Dia Aberto de CIÊNCIAS 2025.

Bem-vindos a Ciências ULisboa!

O encontro tem como objetivo divulgar e promover os resultados da investigação produzidos nos dois pólos do Centro de Química Estrutural (CIÊNCIAS e IST), estimulando a criatividade, o trabalho interdisciplinar e o espírito científico.

Fotografia de Chapim-azul

The goal of this course is to provide the participants with the most recent and practical knowledge on the use of Functional Diversity.

Mão a segurar em globo de vidro

Curso acreditado pelo CCPFC para efeitos de progressão na carreira dos professores na dimensão cientifico-pedagógica dos grupos 230, 420, 510, 520 e 560, com candidaturas até 30 de abril.

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Uma oportunidade única para interagir com a comunidade global de computação científica, com inscrições (preço reduzido) até 02 de maio.

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Título/data/local do evento e iconografia representativa de energias renováveis

Inscrições a partir de 07 de abril! Junta-te a esta revolução energética e faz a diferença!

Curso destinado a estudantes de Mestrado e de Doutoramento, bem como a profissionais que desenvolvam investigação científica na área da saúde.

Químico a escrever fórmulas num quadro

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Quais são os conceitos-chave para enfrentar os atuais desafios marinhos e costeiros? 

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Logótipo do Verão na ULisboa, sobre um fundo azul

Candidaturas a partir de 07 de abril!

Computability in Europe (CiE) is an interdisciplinary series of international conferences organised by the Association Computability in Europe (ACiE).

A 10.ª edição do Ser Cientista realiza-se entre 21 e 25 de julho - vem investigar connosco!

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An international symposium that convenes researchers specializing in various disciplines focused on the terrestrial and marine flora and vegetation of the Macaronesian region (Azores, Madeira, Selvagens, Canary Islands, and Cabo Verde).

Composição de imagens relativas à área das ciências forenses

O curso visa dotar os formandos, com formação universitária nas mais diversas áreas do saber, com os conhecimento necessários à integração de equipas profissionais multidisciplinares nas áreas Médico-Legais e Forenses, em Laboratórios ou Serviços Médico-Legais e Forenses.

Cientista a trabalhar com tubos de ensaio

Este curso forma profissionais para atividade na área das Análises Clínicas ou Patologia Clínica. Irão adquirir os conhecimentos essenciais à integração de equipas profissionais multidisciplinares na área das Análises Clínicas/Patologia Clínica, em laboratórios privados, públicos, hospitalares ou do Estado.

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