Luís Fernando Marques Mendes (1946-2023)

Luis Mendes
Luis Mendes (2010)
Fonte Catarina Mateus.IICT/Col.Rostos da Ciência
 

Luís Fernando Marques Mendes foi um biólogo inteiramente dedicado à Entomologia, desde que se licenciou em 1971 pela Ciências ULisboa. Faleceu na passada quinta-feira, 14 de setembro, após prolongada doença.

Conheci o Luís, era ele ainda aluno da licenciatura em Biologia, e tive mais tarde o ensejo e prazer de com ele ter estreitado uma agradável e salutar convivência, principalmente a partir de 1979 no âmbito da Linha de Entomologia do então Centro de Fauna Portuguesa (ex-INIC).

O Luis desde cedo nutriu interesse e dedicação predominantes pela sistemática e taxonomia de insetos primitivos e ápteros, os tisanuros, i.e., os apterigotos vulgarmente conhecidos como “peixinhos-de-prata” ou “traças-dos-livros” e a que correspondem duas ordens independentes, os Microcoryphia ou Archaeognata e os Zygentoma ou Thysanura sensu stricto.

Rapidamente tornou-se um respeitado especialista pelos grandes mestres de tisanuros da altura, como era o caso do Dr. P.W. Wygodzinsky. Se bem que em menor grau, o seu interesse entomológico havia de se alargar mais tarde também a insetos pterigotos, ou seja, evolutivamente alados, nomeadamente espécies de borboletas ou lepidópteros africanos, mormente de Angola. Com dedicação e garra, e uma irradiante simpatia, havia a breve trecho de se tornar um entomologista de prestígio, quer como académico, quer, e fundamentalmente, como investigador.

Iniciando-se em 1970 como assistente na então secção de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, doutorou-se em 1983 e, seguidamente em 1987, como professor auxiliar, obteve o grau de agregação pela ULisboa. Pouco tempo depois, em 1990, transitou para a carreira de investigador no Centro de Zoologia do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), onde cedo havia de ascender ao grau de topo (investigador coordenador). Ali demonstrou durante mais de duas décadas uma produtividade invulgar e que me foi especialmente grato acompanhar.

Como foi dito, cedo alcançou nome de destaque a nível internacional nos grupos a que maior atenção dedicou. Tendo-se aposentado em julho de 2014, não deixou de prosseguir a sua atividade entomológica com a mesma dedicação e dinamismo do passado. Primeiro ainda no próprio Centro de Zoologia, e depois, com a dissolução do IICT, nas instalações do Museu de História Natural e da Ciência (MUHNAC), onde continuou a trabalhar com igual afinco e até à gravidade do seu estado de saúde o impedir.

Com mais de duas centenas de trabalhos publicados, a maioria em revistas da especialidade, descreveu inúmeros táxones novos para a ciência, com relevo para os níveis específico e subespecífico. Participou em numerosos congressos e diversos entomologistas, com quem colaborou, homenagearam-no com nomes de novos táxones para a ciência. Concomitantemente, e também por desde cedo se sentir atraído por trabalho de campo, participou em diversas missões, como na Madeira e Selvagens, Açores, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau ou Angola e de que relembro aqui, a traços largos, a primeira atrás mencionada. Teve lugar em abril e maio de 1980 e foi grande o seu entusiasmo na recolha dos seus queridos tisanuros em diversos tipos de substrato, como o sublítico, através de simples pincel, e em icónicos lugares, como a Achada do Teixeira e a Baía da Abra, na Madeira, o Lombo e a Ponta do Zimbralinho, no Porto Santo, ou o planalto entre os picos da Atalaia e do Inferno na Selvagem Grande. De referir o seu espírito solícito, ao capturar-nos peixe, com as devidas credenciais do Governo Regional, para o almoço de todo o grupo durante a estada na Selvagem Grande.

O passamento do Luís Mendes constitui, sem dúvida, uma perda considerável para com quem com ele conviveu de perto e, naturalmente, para a própria Entomologia Portuguesa, que ficou mais pobre. Deixa-nos saudades! Até sempre, Luís!

José Alberto Quartau, professor catedrático aposentado DBA, cE3c Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

O concurso de programação do Departamento de Informática recebeu 45 participantes, alunos do ensino secundário, na edição de 2017.

Hoje em dia quando se fala de imaginação (criatividade, inovação) queremos dizer, na maior parte dos casos, antecipação e surpresa. Um empresário, um investigador, um professor querem captar a atenção do outro, inventando e brincando com o possível ou o provável. Por isso, falamos frequentemente de criar imagens, ideias, ou mesmo histórias (veja-se o tópico criatividade computacional, e o grupo de Amílcar Cardoso da Universidade de Coimbra).

O Air4, um protótipo para medição de gases indicadores da qualidade do ar, associado a um modelo de análise de mapas e a uma aplicação mobile, ficou em 2.º lugar no 1.º Hackathon de Tra

No Dia da Criança Galopim de Carvalho lança “O Avô e os Netos Falam de Geologia”, editado pela Âncora Editora e apresentado durante a Feira do Livro de Lisboa.

Foi em setembro do ano passado que a HortaFCUL decidiu abraçar o projeto de ajudar a construir uma Horta Pedagógica na Escola Básica de Santo António em Alvalade, em parceria com Direção e Associação de Pais da Escola e apoiado pelo programa de estímulo à aprendizagem financiado pela Gulbenkian.

Miguel Centeno Brito, professor do DEGGE, foi um dos participantes das II Jornadas da Energia, que ocorreram em abril passado, tendo sido um dos convidados do programa da Rádio Renascença Insónia.

Este ano as Jornadas celebraram a efeméride dos 35 anos da criação da licenciatura em Química Tecnológica.

 É necessário estabelecer redes de monitorização mais robustas e de larga escala para avaliar o impacto das alterações climáticas e da poluição atmosférica na Bacia do Mediterrâneo, refere comunicado de imprensa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais.

A primeira abordagem a uma reconstituição tridimensional da circulação atmosférica de Vénus pode ser lida no artigo “Venus's winds and temperatures during the MESSENGER's flyby: An approximation to a three-dimensional instantaneous state of the atmosphere”, publicado na Geophysical Research Letters.

O ano passado “The Sphere of the Earth” integrou a exposição “Formas & Fórmulas”, patente no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. De lá para cá e por sugestão de José Francisco Rodrigues, um dos comissários desta mostra, Daniel Ramos começou a atualizar o referido programa tornando-o ainda mais rico em termos de funcionalidades e design, com uma multitude de visualizações cartográficas e da geometria da esfera e pela primeira vez em Português. Assim surgiu Mappae Mundi.

As plantas estão por todo o lado, são-nos indispensáveis de diversas formas, mas a nossa consciência, individual e coletiva, da sua importância, é ainda muito limitada.

“Não só quero continuar a adquirir competências, como quero passar a mensagem de que a Comunicação de Ciência é essencial para que a ciência seja compreendida e bem sucedida. É nosso dever informarmos a sociedade dos progressos científicos que vão sendo alcançados”, declara Rúben Oliveira, aluno do mestrado em Biologia da Conservação, finalista do concurso FameLab Portugal.

“O que realmente me aqueceu o coração foi o facto de que, depois da apresentação, algumas pessoas dedicaram tempo a dirigirem-se a mim para discutir o tema em mais profundidade, explicar-me os seus pontos de vista e opiniões”, declara Helena Calhau, aluna do 2.º ano da licenciatura em Física.

Ao serviço de quem está a ciência e a tecnologia? Devemos ter medo das suas utilizações? Há mesmo o perigo de uma superinteligência fazer-nos mal? Em 2014 e 2015, um conjunto de personalidades pôs em causa o controlo (ou a sua falta) da disciplina da Inteligência Artificial (IA) e abriu o debate com os temas da superinteligência e do domínio dos humanos por máquinas mais inteligentes. Graças a Elan Musk, Bill Gates, Stephen Hawking, Nick Bostrom e Noam Chomsky podemos estar mais descansados com o alerta (na singularidade defende-se que a Inteligência Artificial ultrapassará a humana para criar uma IA geral ou forte), mas mesmo assim cuidado.

“Sempre achei as áreas da educação e comunicação bastante interessantes, sonho desde jovem em incorporar um pouco destas duas áreas na minha carreira científica”, declara Hugo Bettencourt, aluno do mestrado integrado em Engenharia Biomédica e Biofísica.

“O Malcolm Love é uma pessoa incrível e ensinou-nos muitas coisas, desde como agir numa entrevista, como contar uma história de forma fascinante, como controlar o nervosismo e principalmente como cativar o público quando falamos”, conta Andreia Maia, aluna do mestrado em Biologia Molecular e Genética, finalista do concurso FameLab Portugal.

A que cheira a sardinha? Cheira bem, cheira a Portugal. Na próxima quinta-feira, 18 de maio, junte-se a Miguel Santos e a Susana Garrido, dois investigadores do IPMA envolvidos no processo de avaliação do estado dos recursos da pesca em águas nacionais e internacionais para mais uma sessão de 60 Minutos de Ciência, desta vez no Edifício Caleidoscópio.

Cristina Branquinho e Paula Matos propõem utilização dos líquenes como um novo indicador ecológico global.

Mais de mil alunos do ensino secundário visitaram o campus de Ciências no dia 3 de maio.

Assunção Bispo

O que fazem e o que pensam alguns membros da comunidade de Ciências? O Dictum et factum de maio é com Assunção Bispo, assistente técnica do Departamento de História e Filosofia das Ciências.

Andreia Maia, Helena Calhau, Hugo Bettencourt e Rúben Oliveira são os alunos de Ciências que apresentam assuntos científicos de forma simples e descomplicada em três minutos, na edição 2017 do FameLab Portugal.

Pela 13ª vez, realizou-se em Ciências a fase de semifinal das Olimpíadas de Química Júnior. 67 alunos dos 8.º e 9.º anos conheceram a Faculdade, o Departamento de Química e Bioquímica e testaram conhecimentos de Química, em provas escritas e experimentais.

A 8.ª edição da feira anual de emprego de Ciências aconteceu em abril. Esclarecimento de dúvidas através do contacto pessoal com empresas, workshops, treino de entrevistas de emprego e análises de currículos foram algumas das atividades que marcaram os dois dias.

“Alargar horizontes, mudar atitudes” é o lema do “Girls in ICT @CienciasULisboa” que acontece este sábado, dia 6 de maio de 2017, em Ciências.

A pergunta “Pode uma máquina pensar?” abre a busca por agentes inteligentes capazes de interatuarem com os seres humanos através de linguagens (a proposta do jogo de imitação como teste de inteligência), e sobretudo de serem autónomos em ambientes sofisticados.

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