Detetado um terceiro sistema de ventos em ambos os hemisférios de Vénus

Pedro Machado junto ao Telescópio Canada-France-Hawaii

PM

Uma circulação de vento entre o equador e os polos foi detetada em ambos os hemisférios de Vénus pela primeira vez, e poderá contribuir para explicar a superrotação da atmosfera deste planeta, segundo estudo liderado por Pedro Machado, investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e professor do Departamento de Física de Ciências.

“Esta deteção é crucial para entender o transporte de energia entre a zona equatorial e as altas latitudes, trazendo luz a um fenómeno que há décadas permanece inexplicado e que é a superrotação da atmosfera de Vénus. Este fenómeno consiste no facto da atmosfera venusiana ter uma rotação cerca de 60 vezes mais rápida do que o globo sólido.”
Pedro Machado

+Ciências

Pedro Machado leciona cadeiras sobre Sistemas Planetários em Ciências ao nível de mestrado e de doutoramento, sendo atualmente orientador de duas teses de doutoramento em Astronomia e Astrofísica - Ruben Gonçalves e Miguel Silva-, e de duas teses de mestrado no âmbito da exploração e estudo do Sistema Solar - João Ferreira e José Silva. Ruben Gonçalves, um dos autores do artigo publicado esta quarta-feira na Icarus, está a trabalhar numa área de contacto entre o estudo das atmosferas do Sistema Solar e a caracterização de exoplanetas.

Este sistema de ventos, designado por vento meridional, e que se junta ao vento zonal – paralelo ao equador – e aos vórtices polares, é característico de uma circulação atmosférica que existe também na Terra, a célula de Hadley.

O artigo “Venus cloud-tracked and doppler velocimetry winds from CFHT/ESPaDOnS and Venus Express/VIRTIS in April 2014”, publicado esta quarta-feira, 15 de março na revista Icarus, é da autoria de Pedro Machado, Thomas Widemann, Javier Peralta, Ruben Gonçalves, Jean-François Donati e David Luz.

O grupo de trabalho de Pedro Machado, no IA, tem já um longo historial no estudo da dinâmica das atmosferas do Sistema Solar. “Destacam-se os resultados sobre a variação com a latitude do vento paralelo ao equador e o desenvolvimento de um método, único no mundo, para medir, a partir de telescópios na Terra, a velocidade instantânea dos ventos usando o efeito Doppler e espectroscopia de alta resolução”, explica Pedro Machado.


Ruben Gonçalves e Pedro Machado
Fonte IA

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo IA, este estudo divulga dados sobre os ventos zonal e meridional e que poderão melhorar os atuais modelos de circulação atmosférica. Os dados deste estudo foram obtidos com observações simultâneas e coordenadas da atmosfera de Vénus realizadas com a sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), e com o Telescópio Canada-France-Hawaii (CFHT) utilizando o espectrógrafo de alta resolução ESPaDOnS.

Sérgio Pereira, Grupo de Comunicação de Ciência do IA com ACI Ciências
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

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A iniciativa existe desde 2008. “Um pequeno Roteiro pela Energia Solar Fotovoltaica na Faculdade de Ciências” inclui visitas guiadas ao Campus Solar e à central de mini geração fotovoltaica nos telhados da Faculdade de Ciências, e ainda a palestra “A revolução solar vem aí!”, proferida pelo professor António Vallêra.

“Os ensinamentos adquiridos em Ciências estão na base das investigações que tenho desenvolvido, foi através deles que adquiri os conceitos e conhecimentos que me permitem desenvolver o estudo dos materiais. Por outro lado, a interação com diferentes áreas da Geologia permite absorver muita informação importante para a interpretação de muitos dos achados”, explica a investigadora Elisabete Malafaia.

Jean-Paul Montagner, Institut de Physique du Globe, Université Paris-Diderot, Paris, France

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"Recordo-me sobretudo dos professores e da matéria que dava nas aulas. A minha pancada com evolução é forte e já nessa altura era. Ainda hoje nada me dá mais prazer do que aprender e compreender como funciona a vida na terra. Tive muito bons professores durante o curso e isso foi fundamental até quando, mais tarde, saí para fazer o mestrado em Inglaterra", conta o antigo aluno de Biologia de Ciências, António Castelo.

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“Cada animal, cada comportamento é um desafio. O momento em que conseguimos a imagem de que estamos à espera e que imaginámos na nossa cabeça, é de uma adrenalina enorme, que contrasta com a paz que é estar horas no campo à espera”, declara António Castelo, antigo aluno do curso de Biologia de Ciências, agora biólogo na Aidnature.

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