O despertar da bolha

Bolhas de ar e películas líquidas são de grande importância em áreas tão diversas como as indústrias mineira, transformadora e alimentar e a segurança de materiais, tendo ainda aplicações potenciais em micro e nanotecnologias

Em 2009, Miguel Teixeira, professor do Departamento de Meteorologia da Universidade de Reading, no Reino Unido, e Paulo Teixeira publicaram no Journal of Colloid and Interface Science um artigo sobre a forma de uma bolha sobre uma superfície sólida. Steve Arscott, investigador do Centre Nationale de Recherches Scientifiques no Instituto de Eletrónica, Microeletrónica e Nanotecnologia da Universidade de Lille, em França, que também desenvolvia trabalho experimental nesta área sugeriu aos investigadores portugueses que estudassem o problema de uma bolha sobre uma superfície líquida. Mais tarde, Simon Cox, professor e presidente do Departamento de Matemática da Universidade de Aberystwyth, no Reino Unido, que já colaborava com Paulo Teixeira, entrou no projeto quando se fez sentir a necessidade de um tratamento computacional mais sofisticado.

Os investigadores Miguel Teixeira, Steve Arscott, Simon Cox e Paulo Teixeira desenvolveram um método de determinação da forma de bolhas de diferentes tamanhos, suficientemente simples para ser utilizado, por exemplo, por grupos experimentais sem grande investimento de tempo e esforço.

“Concluímos que as bolhas pequenas ‘penetram’ no fluido e as grandes estão essencialmente ‘pousadas’ sobre ele. Validámos o método comparando os seus resultados com os de cálculos numéricos (essencialmente exatos) e dados experimentais”, conta Paulo Teixeira, professor do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e investigador do Centro de Física Teórica e Computacional da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

What is the shape of an air bubble on a liquid surface?” da autoria daqueles investigadores foi publicado online pela revista Langmuir a 25 de novembro de 2015 e no papel a 29 de dezembro de 2015. Este trabalho dá a conhecer a primeira investigação sistemática da relação entre o volume de uma bolha sobrenadante e a sua forma.

Segundo os autores, as espumas líquidas, constituídas por bolhas de gás delimitadas por películas líquidas, têm múltiplas aplicações, que vão das bebidas gaseificadas ao combate a incêndios e a processos de separação industriais, sendo ainda utilizadas no estudo de defeitos em cristais.


Miguel Teixeira, Paulo Teixeira, Simon Cox e Steve Arscott

“Em muitas aplicações das espumas (por exemplo, combate a incêndios) é crucial que a espuma conserve a sua integridade na superfície entre o líquido em chamas e o ar, de modo a privar a combustão de oxigénio. Por sua vez, as forças entre bolhas, que as mantêm juntas, dependem da forma e dimensões destas. Entre outras áreas de aplicação contam-se as indústrias alimentar e extrativa, bem como qualquer outro domínio em que surjam bolhas e espumas”, explica Paulo Teixeira.

Os próximos planos desta equipa ainda não estão definidos, no entanto devem passar por estudar a forma de uma bolha sobre uma superfície de um líquido diferente daquele que constitui a bolha, ou então a dinâmica de formação da bolha sobre a superfície.

Ana Subtil Simões, Gabinete Comunicação, Imagem e Cultura Ciências ULisboa
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt

Após perto de dez anos de planeamento e construção, o espectrógrafo ESPRESSO vai ser instalado no Very Large Telescope, do ESO, no Chile. O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço é um dos membros do consórcio, pelo que terá acesso a 273 noites de observação com o VLT.

Cerca de 360 pessoas estiveram presentes na sessão Ignite IAstro e que integrou o programa do XXVII Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica. Em outubro a digressão ruma até à Ribeira Grande, nos Açores.

Os autores do artigo apresentam a história evolutiva de duas espécies de lagartos endémicos da Austrália - Carlia triacanth e Carlia johnstonei - revelando como se adaptaram a alterações climáticas do passado.

Com o fortalecimento da Aprendizagem (Machine Learning), a escola clássica da Inteligência Artificial ou IA (Good Old Fashion AI, GOFAI), apoiada em sistemas simbólicos, ficou entrincheirada. O livro mais recente do professor Hector Levesque, “Common Sense, the Turing Test, and the Quest for Real AI”, da MIT Press (2017), vem ajudar a não esquecermos o que a IA nos tem ensinado, ano após ano, acerca da mente, e, em particular, que o pensamento é um processo computacional. Como pode, então, a computação iluminar o pensamento?

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Investigadores de Ciências e do Instituto Universitário de Lisboa desenvolvem hardware capaz de resolver tarefas robóticas, em contexto real, em menos tempo do que o alcançado até então. Os resultados foram publicados na revista científica Royal Society.

Em 2017 os Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos foram atribuídos a Vladimir Konotop e Ricardo Trigo. O ano passado foi a vez de Henrique Cabral e Eric Font. Ainda não é conhecida a data da cerimónia pública de entrega das referidas distinções.

Na lista de artigos e livros notáveis da ACM Computing Reviews, a Best of Computing, encontram-se publicações de professores e investigadores do Departamento de Informática de Ciências.

grupo de participantes

Alunos do ensino secundário participaram em projetos de investigação na Faculdade de Ciências da ULisboa. O culminar da atividade deu-se com um Congresso Científico, onde os "novos cientistas" apresentaram os resultados do trabalho realizado.

A palestra "Por que não anda o tempo para trás?” acontece dia 29 de julho, pelas 21h30, no Planetário Calouste Gulbenkian, Centro Ciência Viva de Belém.

Durante duas semanas, estudantes do ensino básico e secundário conheceram o ambiente da Faculdade e os métodos de trabalho dos cursos aqui lecionados.

“Tina dos Tsunamis” ocorreu no passado dia 29 de junho, durante o campo de férias Exploradores, com um grupo de 25 crianças, entre os 7 e os 14 anos do bairro do 2.º Torrão, em Almada.

Para compreendermos as capacidades de cada um de nós é preciso entender como as células nervosas se comportam e como interatuam entre si, isto é, pode sempre existir uma outra hipótese que consiga explicar um pouco mais. E, existem sempre os factos e as interpretações.

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa organiza de 24 a 28 de julho de 2017 a 4.ª edição do “Ser Cientista”.

No próximo ano letivo Ciências apresenta três novos cursos: Biologia dos Recursos Vegetais, Cultura Científica e Divulgação das Ciências e Data Science.

Preparado para mineração nos fundos marinhos profundos? E para viver sem telemóvel? Venha visitar a exposição Mar Mineral e compreender a relação.

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O primeiro mestrado em Gestão e Governança Ambiental da Universidade Agostinho Neto foi frequentado por 24 alunos. Os primeiros dez estudantes apresentaram as teses em maio, numa cerimónia que contou com a presença de Maria de Fátima Jardim, ministra de Ambiente de Angola. As próximas defesas deverão ocorrer em outubro.

Em 2017, o Prémio Bronstein foi atribuído a Mercedes Martín-Benito, investigadora do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em reconhecimento pelo seu importante contributo para a Cosmologia Quântica em Loop.

Em 2017 a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe o IV Encontro Internacional da Casa das Ciências, que ocorre entre 10 e 12 de julho.

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A unidade curricular Projeto Empresarial contou, em 2017, com a participação de nove alunos de mestrado de Ciências e 38 alunos da licenciatura de Finanças do ISCTE-IUL. Na sessão final de apresentação dos trabalhos desenvolvidos, o projeto Ecovital distinguiu-se.

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Novo estudo com recurso a análises genéticas revela que o sapo-asiático que está a invadir a ilha de Madagáscar terá origem numa população do Camboja e Vietname.

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