Por João Torrado Malato [orientadores: Marília Antunes (DEIO-FCUL) e Nuno Sepúlveda (Institute of Tropical Diseases, UK)].
Abstract: Em 2015 foram estimados 212 milhões de casos de infeção por malária e 490.000 mortes a nível global. Têm sido feitos progressos na redução da morbilidade e mortalidade através da aplicação de estratégias de controlo já existentes, auxiliadas por novas técnicas para caracterizar eficientemente a epidemiologia deste patogénico.
O primeiro ponto a ter em conta na modelação estatística/matemática destas doenças infeciosas é a analogia entre o processo contagioso que leva a novas infeções e o processo observado em reações autocatalíticas, onde a conversão de substrato para o produto se dá pelo contacto entre estas duas substâncias. Os modelos catalíticos permitem estimar a taxa de conversão - isto é, a taxa de incidência - de suscetível a infecioso, baseando o seu ajustamento em dados de prevalência. Mais recentemente, tendo em conta que o parasita da malária circula entre humanos e insetos, a aplicação de modelos catalíticos reversíveis tem sido usada para estudar este processo de contacto.