Por Miguel A. Carretero (CIBIO-InBIO Universidade do Porto).
Resumo: Por vezes a variabilidade das espécies não se distribui de forma contínua mas sim em categorias discretas que chamamos morfos. Perceber os mecanismos pelos quais estes morfos se originam e mantêm, representa um desafio para evolucionistas e ecólogos. Apresentam-se os resultados de um projeto em andamento que visa analisar o polimorfismo de coloração na lagartixa Podarcis muralis, o membro do seu género mais comum na Europa, desde um ponto de vista integrativo combinando evidências morfológicas, etológicas, fisiológicas, biogeográficas, ecológicas e genómicas. Os resultados preliminares neste organismo modelo revelam uma complexidade insuspeitada nos processos de seleção de parceiro e de especiação.