Romana Santos
MARE - ULisboa
E se ao investigar a forma como os ouriços do mar se agarram às rochas se inventasse um novo adesivo cirúrgico?
Durante muitos anos pensou-se que estes animais utilizavam os seus órgãos adesivos como ventosas para se moverem e agarrarem às rochas. No entanto, agora sabemos que produzem secreções adesivas e “desadesivas”, que lhes permitem colar-se e descolar-se repetidamente do substrato, através de um adesivo reversível.
Ao contrário das colas sintéticas, este bioadesivo é resistentes e eficaz na presença de água, aderindo a diversos substratos naturais e sintéticos, podendo vir a ter aplicações biomédicas como adesivo cirúrgico ou agente imobilizador de tecidos e células em cultura.
As moléculas “desadesivas” também podem ter também aplicações relevantes na prevenção da adsorção indesejada de proteínas ou fixação de células a materiais biomédicos, tais como válvulas ou cateteres.
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