Por Rita Gaio (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto).
A obesidade infantil é uma das doenças de saúde pública mais alarmantes dos tempos modernos. O excesso de peso ou obesidade na infância têm sido associados a um risco acrescido de desenvolver diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, certos tipos de cancro e doenças do foro mental. É, portanto, fundamental apostar na identificação precoce dos indivíduos em risco.
Este estudo teve como objetivo a construção de um modelo preditivo da obesidade aos 13 anos de idade utilizando exposições longitudinais avaliadas durante a gravidez e a infância aos 4, 7 e 10 anos de idade, incluindo fatores sociodemográficos, medidas antropométricas e comportamentos de estilo de vida. Neste problema, a natureza seccional da variável resposta contrasta com o carácter longitudinal dos preditores, o que inviabiliza a aplicação direta de modelos de regressão usuais (exclusivamente com dados seccionais ou exclusivamente com dados longitudinais). Acresce ainda que alguns preditores tinham valores omissos.
Neste seminário, iremos explicar como abordámos a questão, e mostrar e discutir os resultados obtidos.
Transmissão via Zoom.
