CIÊNCIAS recebe evento sobre a integração de pessoas com dificuldades inteletuais e desenvolvimentais no ensino superior

O professor Federico Herrera e a professora Manuela M. Pereira posam junto ao roll-up da iniciativa

O evento, intitulado “Ensino Superior para Estudantes com Dificuldades Inteletuais e desenvolvimentais”, foi organizado pela Associação Pais 21, em colaboração com dois professores da Faculdade de Ciências da ULisboa (CIÊNCIAS), Manuela Pereira e Federico

DCI

As pessoas com trissomia 21 e outras dificuldades intelectuais também têm direito a aceder ao ensino superior, e pode ser que esta possibilidade esteja mais próxima do que pensam. Este é o corolário do evento que teve lugar na sexta-feira, dia 20 de junho, no Centro de Transferência de Tecnologia e Valorização do Conhecimento da Universidade de Lisboa (ULisboa). O evento, intitulado “Ensino Superior para Estudantes com Dificuldades Inteletuais e desenvolvimentais”, foi organizado pela Associação Pais 21, em colaboração com dois professores da Faculdade de Ciências da ULisboa (CIÊNCIAS), Manuela Pereira e Federico Herrera. Foi financiado pelo Prémio de Sustentabilidade de CIÊNCIAS, de 2023, contando ainda com o patrocínio da FeelsLikeHome para o alojamento e da Reitoria da Universidade de Lisboa para a disponibilização do espaço.

 As especialistas Silvia Healy (Universidade de Dublin), Anabel Moriña (Universidade de Sevilha), Paula Santos, Mariana Dantas e Maria M. Carvalho (Universidade de Aveiro), Sofia Freire (Instituto de Educação da ULisboa) e Helena Gata (Instituto Superior de Economia e Gestão da ULisboa - ISEG) concordaram que a integração de pessoas com dificuldades intelectuais no contexto do ensino superior representa um grande desafio, mas que é possível, desejável e está de acordo com a legalidade nacional e internacional.


Existem programas de apoio a pessoas com dificuldades inteletuais e desenvolvimentais a funcionar com sucesso nas universidades de Dublin, de Sevilha, de Aveiro e no ISEG
Fonte: DCI

Assim o demonstra o sucesso dos programas em funcionamento nas universidades de Dublin, de Sevilha, de Aveiro e no ISEG. Estes programas têm em comum uma profunda reflexão sobre o papel que a universidade deve desempenhar na sociedade, que deve ter um âmbito de ação e influência maior, mais diverso, inclusivo e integrador do que a mera preparação de recursos humanos para o emprego. Todos os participantes concordaram que é necessária uma maior consciencialização dos poderes públicos, pois é preciso uma via de financiamento estável para manter estes programas em funcionamento regular.

Neste sentido, a Pró-Reitora para a Inclusão da ULisboa, Cristina Espadinha, em colaboração com Joana Soares, da Reitoria, apresentaram um programa ambicioso, denominado (Per)Cursos SingULares. O programa, com a duração de dois anos, tem como objetivo a integração de 16 pessoas com dificuldades intelectuais em qualquer uma das escolas da ULisboa, disponibilizando quase 120 unidades curriculares nas quais os estudantes com deficiência podem inscrever-se. As aulas decorrerão em plena integração e os estudantes contarão com apoio personalizado.

Federico Herrera (BioISI), em colaboração com DCI CIÊNCIAS
dci@ciencias.ulisboa.pt