Porque é que a maior montanha do mundo está a colapsar?

Topografia de um modelo geodinâmico

Topografia de um modelo geodinâmico

Vrije Universiteit Amsterdam

Um novo estudo – “Pacific subduction control on Asian continental deformation including Tibetan extension and eastward extrusion tectonics”, publicado recentemente na prestigiada revista Nature Communications e no qual estiveram envolvidos João C. Duarte, investigador do Departamento de Geologia (DG) da Ciências ULisboa e do Instituto Dom Luiz (IDL) e Filipe M. Rosas, professor do DG Ciências ULisboa e investigador do IDL, mostrou que a resposta a esta pergunta se encontra na fronteira entre o oceano Pacífico e a margem continental do este asiático, junto ao Japão e às Filipinas, já que nesta zona existe um limite de placas tectónicas caracterizado pela presença de grandes zonas de subducção, onde diversas placas tectónicas mergulham umas sob as outras.

De acordo com comunicado de imprensa emitido esta tarde, através de experiências desenvolvidas em laboratório, um pouco como pequenas maquetes, em que se simulam colisões entre placas, os investigadores W. P. Schellart, Z. Chen e V. Strak, juntamente com os cientistas portugueses, conseguiram demostrar que estas zonas de subducção induzem uma força na placa euroasiática que a arrasta para este, em direção ao oceano Pacífico, a uma velocidade de alguns centímetros por ano. A ação destas forças está a fazer com que a Eurásia se esteja a fragmentar o que está a causar o colapso da maior montanha do mundo.

Nota da redação referente à legenda da imagem: Topografia de um modelo geodinâmico que mostra a colisão entre a Índia e a Ásia, a formação das cordilheiras do Tibete/Himalaias (picos a amarelo) e o estiramento do este da Ásia e Tibete (assinalados com tear na imagem) como resultado da subducção ao longo das fronteiras este e sudeste da Ásia

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