Opinião

A economia verde e a Faculdade de Ciências da ULisboa


Cristina Branquinho

Nos últimos anos o conceito de economia verde saiu dos circuitos dos especialistas para o discurso político e para os media. Em parte, esta recente adesão ao conceito tem sido facilitada pela generalizada desilusão com o paradigma económico vigente e pelas crónicas crises económicas, acrescida dos problemas associados às alterações climáticas, perda de biodiversidade, escassez de combustível e água e diminuição da segurança alimentar.

A maioria das estratégias de desenvolvimento económico e de crescimento incentivou a rápida acumulação de capital físico, financeiro e humano, mas à custa do esgotamento e degradação do capital natural (recursos naturais e ecossistemas).

Ao esgotar o stock mundial de riqueza natural - muitas vezes de forma irreversível - este padrão de desenvolvimento e crescimento provoca impactos negativos sobre o bem-estar das gerações atuais e apresenta enormes riscos e desafios para as gerações futuras.


Telhado verde em Ciências da ULisboa
Fonte cE3c

 

Embora este conceito de economia verde seja de difícil aplicação e operacionalização, os seus princípios parecem ser inspiradores na medida em pressupõem que a riqueza material não seja conseguida à custa do aumento dos riscos ambientais, da escassez de recursos ecológicos ou das disparidades sociais levando a uma melhoria do bem-estar humano e da equidade social.

De facto, este conceito parece ser apelativo pois cerca de 97% dos inquiridos num questionário online em Portugal consideraram que é “muito importante” ou “importante” promover a economia verde. Estes resultados foram obtidos recentemente através de uma amostra de 2875 cidadãos (com uma elevada representatividade do meio académico e escolar) no âmbito de um projeto coordenado pela Faculdade de Ciências da ULisboa.

Os problemas globais resolvem-se com ações locais e a sua operacionalização no terreno pode tomar várias formas e caminhos. Muitos exemplos associados à economia verde reconhecem o valor do capital natural, assim como, a necessidade do seu restauro; promovem tanto a substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis ou baixas em carbono, como a eficiência energética e a sustentabilidade da vida nas zonas urbanas. Esta ideia advoga ainda que a economia verde poderá promover o emprego e a equidade social e consequentemente diminuir a pobreza.

No contexto de Ciências da ULisboa as preocupações com sustentabilidade devem ser uma prioridade de todos. Os painéis fotovoltaicos e a cobertura ecológica são dois exemplos de ações que visam a sustentabilidade do nosso campus e que podem ser replicadas noutros locais do país contribuindo para o bem-estar humano, melhorando a eficiência na utilização de recursos naturais, aumentando os serviços prestados pelos ecossistemas e promovendo a criação de novos nichos de emprego.

Cristina Branquinho, investigadora do cE3c (Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais), Faculdade de Ciências da ULisboa
Impressão artística da missão Euclides no espaço.

A 25 de maio (sábado), às 21h00, vamos ver e compreender as novas imagens de entre as maiores alguma vez feitas do Universo, no Grande Auditório de CIÊNCIAS (Edifício C3). A entrada é livre.

Redes Doutorais Marie Curie Projeto PROMOTE

CIÊNCIAS vai participar numa das propostas vencedoras do concurso 2023 das Redes Doutorais de Ações Marie Skłodowska-Curie (MSCA DN).

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No âmbito do projeto Invasives e como atividade inserida na

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O CWUR 2024 avaliou de entre 20.966 instituições de ensino superior e atribuiu à ULisboa o 211.º lugar (top 1.1%) e a 80.ª posição no panorama europeu.

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Uma das transformações necessárias às entidades que querem progredir pelo caminho da sustentabilidade é fecharem os seus ciclos de materiais, nomeadamente o orgânico.

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A 9 de maio realiza-se a segunda de duas jornadas de debate académico e científico organizadas pela Academia das Ciências de Lisboa, que tem por objetivo ‘analisar e discutir a evolução do panorama científico português de forma prospetiv

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Um grupo de cientistas descobriu um grande buraco negro, com uma massa quase 33 vezes superior à massa do Sol, escondido na constelação de Aquila, a menos de 2000 anos-luz da Terra, ao analisar a grande quantidade de dados da missão Gaia da ESA.

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Ecossistema de grandes modelos de linguagem de IA Generativa para a língua portuguesa foi expandido com novas versões dos modelos Albertina e Gervásio.

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A 1ª edição do JAB, um evento inovador destinado a jovens empreendedores, organizado pela JUST - Júnior Iniciativa de Ciências ocorreu nos dias 22 e 23 de março passado e teve como foco a Educação de Qualidade, quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável.

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Uma comitiva da Shanghai Ocean University (SHOU), cuja origem remonta à Escola de Pesca da Província de Jiangsu, fundada em 1912, visitou Ciências ULisboa no passado dia 25 de março. Wang Hongzhou, presidente do Conselho da universidade chinesa, elogiou o avanço da investigação realizada na Ciências ULisboa, destacando as boas práticas de gestão, interdisciplinaridade e foco na missão. Durante a ocasião, Luís Carriço, diretor da Ciências ULisboa, reconheceu a importância das relações bilaterais com a China.

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