Sustentabilidade

COP30. Investigadora de CIÊNCIAS participa em conjunto de medidas para as alterações climáticas

Cristina Branquinho, professora de CIÊNCIAS

Cristina Branquinho, professora de CIÊNCIAS, alerta para a importância da literacia ambiental

DCI-CIÊNCIAS

Cristina Branquinho é bióloga e tem carreira feita na ecologia, mas quando se trata de alterações climáticas, sabe que a solução também passa pelo plano político. “Muitas vezes as medidas são travadas pelos diferentes poderes políticos. Possivelmente isso acontece porque a população não está ciente da necessidade de controlar as alterações climáticas”, adianta a professora do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (CIÊNCIAS). Foi precisamente para alertar opinião pública e governantes deste mundo que representantes de mais de 30 academias de ciências de vários continentes se reuniram entre 20 e 22 de outubro em Manaus. Do encontro resultou um conjunto de propostas para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Cristina Branquinho, que marcou presença no evento em representação da Academia das Ciências de Lisboa, mantém a expectativa para o que se segue.

Redigimos um documento que vai ser apresentado na COP30 em nome de academias de ciências de vários pontos do mundo. A nossa expectativa é que este documento fique refletido nas decisões que vierem a ser tomadas na COP30”, sublinha a professora de CIÊNCIAS que tem vindo a fazer carreira de investigação no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c).

O documento produzido em Manaus contempla medidas de defesa da biodiversidade e aponta o dedo à injustiça que resulta do facto de as alterações climáticas, muitas vezes, se revelarem especialmente severas para as populações mais pobres ou vulneráveis. Os representantes das academias de ciências recordam que os efeitos das alterações climáticas já se fazem sentir em vários pontos do Globo, e apelam a uma tomada de posição por parte dos representantes governamentais que vão reunir-se, de 10 a 21 de novembro, na COP30 que está agendada para cidade brasileira de Belém do Pará.

“Os dados científicos são inequívocos: as alterações climáticas estão a acelerar o aumento do nível das águas do mar, derretem glaciares e gelo polar, intensificam eventos meteorológicos extremos e perturbam os sistemas de água e comida, levando a uma perda de biodiversidade a uma escala sem precedentes. Estas transformações não são projeções distantes; estão a revelar-se agora, de forma desproporcional, afetando as populações mais vulneráveis”, avisa o documento aprovado pelas várias academias de ciências em Manaus.

Já houve decisões tomadas em edições passadas das conferências das Nações Unidas que nunca produziram resultados práticos – e esse é outro dos desafios acrescidos que se perfilam para as delegações governamentais dos vários países que vão debater um novo pacote de medidas da COP30, em Belém do Pará. “Não basta responsabilizar as empresas. Temos de ser todos responsabilizados por aquilo que fazemos no dia-a-dia”, lembra Cristina Branquinho, sem deixar de sublinhar que a consciência ambiental está longe de ser uniforme na população. “Entre os alunos que não seguem para os cursos de ciências naturais, há uma grande maioria que não é exposta aos temas do ambiente e da sustentabilidade desde o 8º ano de escolaridade”, acrescenta a investigadora a título de exemplo.

Porque o problema não depende só da comunidade científica, a reunião realizada em Manaus também serviu para apelar à inclusão dos temas da sustentabilidade em cursos de medicina, gestão ou direito, ao mesmo tempo que propõe a abertura dos cursos de ciências naturais para o contributo de disciplinas que até podem vir das artes ou das humanidades. O próprio estudo das alterações climáticas pode ter de vir a ser alvo de uma revisão.

“O clima muda em escalas muito maiores que as durações médias dos programas de investigação. Se o clima leva cerca de 30 anos a mudar, então temos de passar a estudar as alterações climáticas com programas maiores que os da atualidade”, refere Cristina Branquinho. “Este tema exige um estudo de longo prazo e em diferentes geografias”, acrescenta a investigadora do Ce3C.

A engenharia e as novas tecnologias têm um papel a desempenhar, mas dificilmente garantem o sucesso, se a humanidade não tirar também do que oferece a Natureza. Cristina Branquinho recorda que o ecossistema pode assumir a dupla faceta de “vítima” e “cura” para as alterações climáticas. O facto de a Natureza captar metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) ajuda a ilustrar este potencial, que pode ser aproveitado para travar os efeitos das alterações climáticas. “A Natureza é a primeira linha de defesa”, refere a investigadora. “Dou um exemplo: a vegetação contribui para a infiltração da água nos solos. O que significa que pode ajudar a diminuir os efeitos dramáticos de umas cheias”, descreve a investigadora. Depois de Manaus, as atenções viram-se agora para Belém do Pará.

Este tema foi acompanhado por uma reportagem do programa brasileiro Panorama360 (ver a partir de 2:42:21).

Também estão disponíveis na Internet as gravações em vídeo dos trabalhos levados a cabo durante as sessões de Manaus:

Sessão de 20 de outubro

Sessão da manhã de 21 de outubro (participação de Cristina Branquinho a partir de 2:24:48)

Sessão da tarde de 21 de outubro

Sessão do dia 22 de outubro 

Hugo Séneca
hugoseneca@ciencias.ulisboa.pt

DESAFIO SOCIETAIS 1, 2 E 5: HEALTH, BIO-ECONOMY, CLIMATE ACTION

IV Jobshop

“Os alunos e os responsáveis pelos recursos humanos das empresas participantes poderão dialogar e assim trocar informações úteis acerca dos métodos, oportunidades e critérios de recrutamento utilizados”, informa o presidente da AEFCL, Eduardo Matos.

Logotipo Cost

A próxima reunião do Comité COST, área de Chemistry and Molecular Sciences and Technologies realiza-se em  setembro, em Lisboa. Durante esse acontecimento a organização local prevê estudar, juntamente com os atuais e os antigos delegados a ações COST, novas formas de incrementar a participação portuguesa no Horizonte 2020.

“A parceria que temos [com a FCUL] contribuiu em larga escala para o desenvolvimento da Science4you”, comenta Miguel Pina Martins, a propósito do sucesso da empresa que soma novos galardões: o “Business Internationalization Award” e os Prémios Novos, na categoria Empreendedorismo.

Instituto Dom Luiz – University of Lisbon and the Center of Geophysics of the University of Coimbra invite applications for one Post-Doctoral research position. The post-doctoral researcher will be integrated in project QuakeLoc‐PT.

Sessão de esclarecimento sobre os mestrados no GeoFCUL 2013/14

Sessão de esclarecimento sobre os mestrados em Geologia 2013/2014 do GeoFCUL

 

17 Maio (sexta-feira), 10h00-11h30, sala 6.2.47

 

Terá a presença dos coordenadores:

Rosto de Luísa Canto e Castro Loura

Conciliar e anonimizar as mais extensas bases de dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência é uma tarefa com várias etapas, que se prevê estar finalizada no decorrer do quarto trimestre de 2013.

Aldeia mineira do Lousal

Até ao momento os Prémios GeoConservação já distinguiram a ação das autarquias de Idanha-a-Nova, Valongo, Cantanhede, Arouca, Porto, Alcanena, Rio Maior e das associações de municípios Natureza e Tejo e dos Açores.

Anfiteato 3.2.14

Durante a sessão comemorativa do 102.º aniversário da FCUL, alguns dos melhores alunos da FCUL sorriram e encantaram com os seus depoimentos, num trabalho multimédia apresentado durante o evento.

Cerca de 93 alunos, agrupados em equipas de três elementos, realizaram as provas teóricas e experimentais nas instalações da FCUL.

No âmbito da disciplina de Estatística Ciência e Sociedade, a Profª Dirce Monteiro do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa, proferirá, no dia 23 de Abril (3ª feira) pelas 14:30, na sala 6.4.30,&n

Logotipo Dia da FCUl 2013

A FCUL foi criada no século XX, a 19 de abril de 1911, pouco mais de cem anos após o surgimento da primeira escola classificada como tal, a Universidade de Berlim, na Alemanha, em 1810. Em 2013 Ciências comemora 102 anos.

 

Manuel Nunes Marques

Manuel Nunes Marques, antigo diretor do Observatório Astronómico de Lisboa e professor aposentado do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia da FCUL, faleceu durante a madrugada de 18 de abril. A missa de corpo presente realiza-se esta quinta-feira, pelas 19h00, na Igreja Nossa Senhora Conceição dos Olivais Sul, em Lisboa. O funeral realiza-se a 19 de abril, pelas 15h00, na Igreja de Santo António das Areias, no concelho de Marvão. Aos familiares, amigos e colegas, a FCUL apresenta as sinceras condolências.

património + educação = identidade

A Geometria na Politécnica, no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

 

Carlos Rafael Borges Mendes

O interesse pelas ciências e tecnologias surgiu ainda no liceu, tendo optado por prosseguir os estudos na área da Biologia, em parte por influência de duas professoras dessa disciplina.

Visitas guiadas à  Exposição Formas & Fórmulas

13 de abril 11h30-13h00

11 de maio 11h30-13h00

Diálogos com Formas & Fórmulas

11 de abril 18h

No próxima quinta-feira, 11 de Abril, a FCUL e em particular, o Departamento de Informática, vão ser "invadidos" pelos alunos do secundário. Para visitar o DI-FCUL já temos cerca de 200  alunos inscritos.

Maqueta do Campus Sustentável da UL

As expetativas da equipa da Universidade Verde só podiam ser elevadas: as verbas alcançadas no âmbito desta iniciativa serão usadas para implementar medidas de eficiência energética, já identificadas nas auditorias realizadas.

Trial para todos os membros da b-on

 

“No stand da FCUL descobrimos áreas que não sabíamos sequer que existiam e que agora vamos querer pesquisar, já valeu a pena ter vindo. Vamos ter mais informação e hipóteses para ponderar!”, declarou um grupo de alunos da Escola Salesiana de Manique a visitar a banca da FCUL na Futurália.

Rosto de Fernando Ramos

“A maioria das instituições de ensino superior em Portugal têm qualidade superior às do Brasil, contrariando de forma que não deixa dúvidas a 'recomendação' do Governo brasileiro”, escreve Fernando Ramos num artigo publicado no jornal "Público" no passado dia 26 de março.

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